“Tron” é uma aventura bastante simples e esquemática, mas que vale ser conferida pelos fãs de efeitos especiais para conhecer os primórdios de tecnologias atualmente corriqueiras. Mas o longa terá um sabor todo especial para aqueles que viveram a década de oitenta, seus videogames toscos e altamente viciantes e toda aquela atmosfera de que tudo era possível com um pouco de ciência estranha.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
AS MELHORES COISAS DO MUNDO – Adolescência, quem explica?
Enfim, com o mais novo filme nacional a chegar em dvd, não há brechas pra esse tipo de discussão. Em As Melhores Coisas do Mundo a diretora Laís Bodanzky (do ótimo Bicho de Sete Cabeças) retrata com extremo cuidado e inteligência a vida de adolescentes brasileiros. Que, cá pra nós, poderiam ser adolescentes e qualquer nacionalidade. É um filme de tema universal. O protagonista é Mano, um garoto de 15 anos normal de classe média alta de verdade, não uma de mentirinha. Acompanharemos vários dos problemas típicos dessa idade de transição: a descoberta da sexualidade, bullying, insegurança, problemas familiares, etc. É legal que, primeiro, os atores (todos ótimos e muito bem dirigidos) conversam entre si de forma absolutamente natural, do jeito que adolescentes brasileiros realmente conversam. Sem caricaturas, o que é comum quando um adulto vai retratar o linguajar de um jovem, né? Deu pra ver que a diretora teve um trabalho de pesquisa bastante grande e cuidadoso, e os personagens realmente falam língua do jovem brasileiro. Com alguns vícios? Sim. Mas sem forçar a barra.
E há vários temas atuais, que estão em destaque agora, presentes no filme. Quer dizer, eu fui o único que pensou no caso Geisy-Uniban com aquela tramóia da menina que é perseguida após uma foto sua semi-nua cair na rede? Pode ser que o roteirista não tenha ligado uma coisa à outra, ou pode ser que isso tenha sido escrito/rodado antes mesmo do escândalo (o filme já tava em pré-produção há três anos), mas que caiu como uma luva, ah, caiu. Sem falar na febre da internet, twitter, blogs, orkut, o diabo à quatro. Pra muita gente a internet é apenas um item a mais, uma ferramenta útil, mas pra minha geração a internet é tudo. Quer dizer, nós nascemos com a internet! Eu ainda nem tanto. Posso garantir que eu tive uma infância feliz sendo criança. Eu cresci encenando peças de teatro pros meus pais verem, cresci com a Disney, essas coisas. Mas é chato ver como isso vem diminuindo a cada dia que passa, como a infância está encurtando. E pensar que hoje namorar com 10 anos é comum. Enfim, perdi o foco. A discussão que o filme traz é mais sobre a questão das fofocas, de como a informação corre cada vez mais rápido, sobre como a palavra “segredo” vem sumindo do nosso vocabulário. Mas acho legal que o filme também mostre as exceções. Tem uma garota que mantêm um diário! Quem aqui conhece alguém que mantêm um diário, e que, ao mesmo tempo, esteja em sua sã consciência mental?! Hoje em dia, você quer escrever alguma coisa pessoal, íntima e tal, você posta no twitter, ué.
O protagonista ta longe de ser um santo, o que já coloca As Melhores Coisas do Mundo anos luz de vários filmes sobre o tema. Apesar de ter várias qualidades, Mano também ta cheio de preconceitos. Ao mesmo tempo que ele defende com unhas e dentes o seu interesse romântico que teve a vida invadida por uma foto que caiu em lugares errados, Mano faz caricaturas de sua colega de sala com legendas como “sapata!”. E pra quem já passou pela adolescência sabe que a pior ofensa que existe, pior do que xingar a mãe, é fazer qualquer tipo de alusão à sexualidade. Eu nunca entendi direito o motivo, mas felizmente já passei dessa fase, ou, pelo menos, já peneirei minha lista de amizades. Eu e meus amiguinhos discutimos muita coisa interessante, de política à feminismo à anti-americanismo à aborto à casamento homossexual, etc, mas to sabendo que somos exceções. Boa parte da adolescência ainda ta cheia de preconceitos, que, sinceramente, eu ligo à infantilidade. Muito interessante a história do pai do Mano que se separou da mulher (e que bela interpretação de Denise Fraga) pra morar junto com um colega de trabalho, e mais interessante ainda a repercussão que isso tem (não vou contar). Uma das coisas mais sensatas do filme, aliás, é dita pelo novo namorado do pai. Ele o alerta sobre seu filho que escreve coisas depressivas demais num blog, e que isso é perigoso. Isso de se isolar do mundo, ficar completamente sozinho com seus pensamentos. O pai ignora, dizendo que um psicólogo já foi contratado. E daí surge outra questão: essa mania dos pais de terceirizar os problemas do filho, sendo que o fruto desse problema, muitas vezes, está justamente nisso.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
The King of Fighters - O Filme
O assunto cinematográfico da semana com certeza é adaptação de games, com a estréia do quarto filme mal adaptado e caça niqueis da serie Resident Evil.Mas não vou falar dele porque ainda nao vi mas é certo uma nova bomba. Hoje vou falar de um filme baseado em um dos jogos de luta mais legais da historia, jogo da minha infância cara, The King Of Fighters criado pela SNK em 1994, a proposta do jogo era unir vários dos personagens que fizeram historia em jogos como Art Of Fighting, Fatal Fury, Psyco Soldier e outros, era um tipo de game onde as lutas eram conhecidas como dream match onde tu escolhia 3 personagens que lutavam em equipe, era genial e os personagens eram apaixonantes, o jogo virou referencia e era lançado a cada ano um novo titulo de acordo com o ano se tornando uma serie de sucesso em todas as plataformas. Dito isso, vamos ao que interessa (seria melhor se nao interessasse) confesso que fiquei com vergonha alheia no final de 2009 ao assistir o trailer do que viria a ser o filme, nada que me chocasse tanto porque ja esperava uma má adaptação mas ao me deparar com o filme que esta chegando aqui no Brasil diretamente em DVD pela Flashstar, só isso já explica como o filme é bom certo? O diretor Gordon Chan nunca jogou o jogo, não conhece a historia e conseguiu deturpar tudo, meu personagem favorito Kyo Kusanagi é interpretado por Sean farris, um ator que ate me agrada mas meu deus, que coisa nada a ver, o cara não tem nada de oriental e esse diretor esperto me coloca um ocidental no papel. E tudo vai piorando mais e mais, no jogo existem duas personagens femininas alem de serem cúmplices de Rugal, o vilão do game, também formavam um time com Iori Yagami e sempre se supôs que elas(Mature e Vice) tivessem um caso mas nunca ficou claro e adivinha o que o diretor fez, siiiiim, elas tem um caso no filme numa cena que chega constranger ate o Raul Julia no túmulo depois da vergonha que foi Street Fighter. E ja que mencionei o Iori, um dos personagens mais queridos da serie e também um dos mais violentos que possui o sangue de Orochi e é inimigo mortal de Kyo, no filme ele é um cara querido e amigo e nem quando vira o Iori Encorporado consegue convencer. Uma das personagens mais gostosas do jogo Mai ShiranMui, com seus belos melões e pouca roupa ganha vida no filme através da atriz Maqqie Q que coleciona filme ruins em sua filmografia e adivinha, ela não tem melões nem nada farto, é uma magrela sem graça e no filme ela tem um caso com Iori Yagami, dai eu em pergunto, daonde??? A Mai é noiva de Andy Bogard caralho , falando no Andy, no filme temos o irmão dele Terry Bogard que é o mascote da SNK, um jovem cabeludo, lutador de rua que no filme virou um velhote agente da cia que apanha pra caralho e tem cabelo curto. Falar do vilão do jogo e transpor o vilão pro filme foi uma coisa impensada pelo diretor e roteirista, o Rugal Bernstein é uma vergonha, além da caracterização que obvio que nao existe, o cara é um fracote retardado que nao possui o mínimo da força do personagem. Fora isso, ainda devo dizer que roteiro não existe, é uma historia que não tem nada a ver com o jogo, não vai agradar nem a quem só gosta de filme de ação, ate porque a ação é pouca e ridícula, tu ve os atores fazendo o filme por fazer, efeitos especiais que eu faço na minha câmera digital até, tudo nesse filme é ruim, ator, diretor, roteiro, cenário, Sean Farris(hahaha). Street Fighter da Chun Li, Dragon Ball, Mortal Kombat...qualquer um desses lixos é melhor que esse filme. Tekken que também chegou direto em DVD e foi duramente criticado pela mudança na historia é milhões de vezes melhor. Não recomendo esse filme pra ninguém, não percam seu tempo nem por curiosidade. E quem avisa amigo é.
terça-feira, 15 de junho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
A decepcionante replicação de Blu-rays no Brasil
Leia reportagem completa sobre o assunto.